A Boiúna (do tupi, “cobra negra”) é também uma enorme cobra, de cor preta, que possui os mesmos sortilégios da Cobra Grande. Muitas vezes confunde-se a Boiúna, que, repetimos, significa “cobra negra ou preta” com a Cobra Grande. E diz-que tem dezenas de metros, os olhos são dois grandes faróis – e não falta quem diga que os olhos da Boiúna são na verdade os candeeiros colocados na frente da casa dos ribeirinhos, justamente para ajudar a navegação… mas Boiúna e Cobra Grande acabam confundindo-se e tornando-se uma só cobra de tamanho imensurável. Tem olhos que “alumiam” feito tochas e ao passar pelos rios e igarapés derruba embarcações e devora crianças ou adultos que se banham nas margens. O povo paraense acredita que os igarapés foram formados pelo rastro da cobra, e Belém foi fundada sobre a casa de enorme Cobra Grande entre a Cidade Velha e o bairro de Nazaré, e daí corre a crença que, se a Cobra Grande se mexe, Belém estremece! Se a Cobra Grande resolver sair de seu lugar, Belém irá afundar! E com Belém, todos os seus habitantes…!